terça-feira, 22 de dezembro de 2009

CARAS & CAJUS: O CONTEXTO CULTURAL DE ZÉ PEIXE COMO FACILITADOR DE CONSTRUÇÕES VISUAIS!


O sergipano e querido, Zé Peixe, é comtemplado com mais um projeto, desta vez, intitulado 'Caras e Cajus: o contexto cultural de Zé Peixe como facilitador de construções visuais', projeto de conclusão de curso (TCC) do estudante de Design Gráfico da Universidade Tiradentes (UNIT), Bruno Sousa, que visa a aplicação de 16 placas indicativas ao longo das avenidas Ivo Prado e Rio Branco, além de promover a intervenção em espaço público com o propósito de aproximar Zé ao cotidiano das pessoas.

As placas são de formatos variados devido aos elementos conceituais abordados, como exemplo, uma no formato da janela da casa de Zé Peixe, e do arredondamento encontrado nas escamas e nadadeiras. Um projeto, que segundo Bruno Sousa, poderá se adequar a qualquer personagem ilustre sergipano, como Maria Feliciana, Epiphânio Dória, Mário Jorge, João Sapateiro, dentre outros.

Aos 82 anos, o sergipano José Martins Ribeiro, mais conhecido como Zé Peixe, filho de Nicanor Ribeiro Nunes e Vectúria Martins, nasceu em 05 de janeiro de 1927 em Aracaju. Em 1947, foi admitido como prático pela Marinha, período em que começa a trajetória de vida que o levou a fama e ao reconhecimento em todo o país, inclusive, no exterior. Um ilustre e bravo guerreiro que foi um dos fundadores da Associação de Práticos de Sergipe e até 2007 prestou com maestria serviços à PETROBRAS.

Uma personalidade forte e marcante que já foi entrevistada pelos renomados, Jô Soares e Glória Maria, além de ter sido matéria de destaque de grandes revistas de circulação nacional e internacional.

Outro projeto que glorifica Zé foi o ‘Zé Peixe, o menino do mar’, o glorioso livro infanto-juvenil da professora, artista plástica, ilustradora e escritora, Jeane Caldas, mais conhecida como G. Aguiar. Nascida em Malhada dos Bois (SE), a ex-aluna de um grande mestre da pintura sergipana, Leonardo Alencar, que merecidamente conquistou a sua primeira publicação.

Poesias também se misturam e estão presentes nas placas, confira algumas delas:

1 - 'Nem todo Zé é peixe, nem todo Martins é Zé, mas, todo peixe que se preze, nada e morre por sua maré'.

2 - 'Quando menino já era peixe, desde sempre um homem do mar. José Martins nunca existiu, sempre foi Beira Mar'.

3 - 'Zé é água, porto, rio e maresia; é menino baixinho, o azul e o mito; é peixe, escama e ensolação. Foi Prático a vida toda, foi a própria maré, o navio cargueiro e o sol'.

TEXTO: RENATA OURO
FOTO: DIVULGAÇÃO