Direção e roteiro do paulistano de nascença e tijucano de criação, Vinícius Reis, concorre com seu primeiro longa-metragem na categoria ficção na 9ª edição do Festival Ibero-Americano de Cinema de Sergipe, que acontece de 29 de setembro a 03 de outubro. Um dos cinco longas escolhidos entre brasileiro e internacional realizado em 2008. Um projeto que nasceu há cinco anos e em 2006 ganhou o Prêmio da Petrobras que viabilizou a produção e filmagem.
Praça Saens Peña, um misto de ficção, documentário e memória do próprio autor, capta o cotidiano de uma família de classe média, Paulo Barbosa, professor de literatura (Chico Diaz), Teresa, comerciante (Maria Padilha), e Bel, estudante (Isabela Meirelles), que residem em um apartamento alugado na Rua General Roca, em frente a praça, no bairro Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ).
Paulo, a partir de uma inesperada e tentadora proposta de trabalho, propõe escrever um livro sobre o lugar retratando os conflitos sociais, o universo musical e o amor de alguns moradores pelo bairro em meio aos que almejam sair e residir na Zona Sul (a mais retratada pelo cinema brasileiro). Tudo isso, em torno da Tijuca, berço de inúmeras referências nacionais, que se passa no início de 2003, período marcado pela invasão dos EUA ao Iraque e início do governo Lula.
Durante as filmagens, o diretor e roteirista, Vinícius, permitiu a inserção e inteiração direta dos atores, como o improviso e a emoção do momento. No primeiro semestre, às vésperas da Tijuca completar 250 anos, o filme foi lançado comercialmente nos cinemas da cidade. A Cobra Fumou (2002), foi outro documentário de longa-metragem que já realizou.
Chico Diaz, Maria Padilha, Maurício Gonçalves, Gustavo Falcão, Guti Fraga, Isabela Meirelles, Stella Brajterman e a participação especial do compositor e histórico tijucano, Aldir Blanc, compõem o elenco.
A PRAÇA
Em 30 de abril de 1911, foi inaugurada a Praça Saens Peña, principal centro urbano e comercial do bairro da Tijuca (RJ), com elevados números de linhas de ônibus, além da estação terminal da linha 1 do metrô.
Uma praça utilizada como área de lazer e freqüentada, principalmente, por idosos, contudo, ela já não é mais tão atrativa por conta do fechamento de vários cinemas que existiam por lá e hoje viraram na sua grande maioria igrejas.
A razão do nome foi em homenagem ao presidente argentino, Roque Sáens Peña, eleito em 1910 e que servira até 1914 tendo falecido antes de terminar o mandato.
Antiga área de Chácaras e de grandes propriedades de famílias tradicionais, em busca do desenvolvimento da região, as famílias começaram a abrir as ruas em seus terrenos. Em 1820, surgiu o Andaraí Pequeno, como era chamado aquele espaço, a Fábrica de Chitas, onde se estampavam tecidos de algodão vindos da Índia. Logo, o espaço ficou conhecido como Largo da Fábrica.
Em 1982, outro grande acontecimento marcou a história da praça, a chegada da estação do metrô, com um fluxo de cerca de 80 mil pessoas por dia.
A praça não possui nenhuma sinalização com o seu nome, apenas há indicações nas saídas da estação do metrô. Um exemplo, do que ainda resta de antigo na sua paisagem atual, já que há poucos resquícios, é o Café Palheta, o Bradesco, a C&A e as lojas Americanas (as mais antigas da praça), a Galeria Vitrine da Tijuca, a Galeria Praça Saens Penã, a Galeria Conde Bonfim, a Igreja Universal do Reino de Deus e a Banca Saens Peña.
CONTATO EQUIPE DE COMUNICAÇÃO DO FESTIVAL: RENATA OURO - 8819-3728 OU 9808-6624
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TEXTO: RENATA OURO
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