quarta-feira, 8 de setembro de 2010

“*C'est La Vie!”


Abençoada por Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Arquidiocese de Aracaju, comemorada e festejada no dia 08 de dezembro, Aracaju, município brasileiro, capital do Estado de Sergipe, localizada no litoral e cortada pelos rios como Rio Sergipe e Rio Poxim, conta com 570.039 habitantes. Compreendendo as populações dos municípios que formam a Grande Aracaju (Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros, Laranjeiras, São Cristóvão, Riachuelo, Maruim, Itaporanga D’Ajuda e Santo Amaro das Brotas), o número passa para 800 mil habitantes. A cidade é apontada como a capital com os hábitos de vida mais saudáveis do país, segundo o Ministério da Saúde, com essa prerrogativa, faz jus ao slogam da atual gestão que é ‘A Capital da Qualidade de Vida’. O topônimo ‘Aracaju’ deriva da expressão indígena ‘ará acaiú’, que em tupi-guarani significa ‘cajueiro dos papagaios’. O elemento ‘ará’ significa ‘Papagaio’ e ‘acaiú’, ‘fruto do cajueiro’.

Com uma história fortemente ligada à da cidade de São Cristóvão, antiga capital da capitania de Sergipe Del Rey, em 1855 foi fundada a primeira capital planejada de um estado brasileiro com um formato que remete a um tabuleiro de xadrez assinado pelo engenheiro Sebastião Basílio Pirro. No dia 17 de março do referido ano Inácio Joaquim Barbosa, o primeiro presidente da Província de Sergipe Del Rey, apresentou o projeto de elevação do povoado de Santo Antônio de Aracaju à categoria de cidade e a transferência da capital da província, que era São Cristóvão, para a cidade portuária que seria erguida ali, que fora chamada de Aracaju.

A vegetação original da nova capital é o mangue, mas existia também pântanos e pequenos lagos, onde praticamente toda essa vegetação, que ficava, principalmente, às margens do Rio Sergipe, foi quase que completamente soterrada.

Você é Sergipano ou não é?
O que é Sergipanidade? Você sente orgulho de ser sergipano? Como é ser sergipano e aracajuano? Aqui é mesmo o quintal da Bahia? Você acha que temos uma cultura forte? Qual a nossa cultura? Você conhece? Pode definí-la? Quais as comidas, religiões, dentre outros? Estas e outras questões com certeza, um dia permearam e permeiam as nossas cabeças, seja você estudante, especialista, pesquisador, ou enfim, um cidadão comum.

Para muitos será o mesmo que responder: Você sente orgulho de ser brasileiro? Você sente orgulho de ser nordestino? Você é patriota? Você é torcedor apenas de quatro em quatro anos ou não torce e não torceu para a seleção Brasileira de Futebol? Você ficou feliz ou triste pela derrota? Você é indiferente? Você é ou está feliz?
Em meio a um país muitas vezes, para ser generosa, sem memória, com problemas em todas as órdens e esferas, onde se atropelam as informações que agora o ‘mundo’ para com o caso do goleiro do Flamengo Bruno, para mais tarde surgir um outro e mudar o capítulo como se muda de canal, acho que o que vale mais não é tentar encontrar as respostas e nem muito menos ficar discutindo em torno delas.

O que vale mais é solucionar, executar e manter porque nós sabemos, mais do que ninguém, dos nossos problemas, falhas e lacunas existentes em todas as esferas, que não adianta mascarar ou florear, no que diz respeito ao Estado de Sergipe. Também acho válido todas as discussões, mas porque perder tempo e saliva ao invés de executar e sanar o básico, já que nem temos, que dirá os principais problemas.

Apesar de ter crescido e ter evoluído consideravelmente em muitos aspectos, sabemos que Sergipe é um estado riquíssimo, principalmente e culturalmente falando, porém, é uma pena ser tão mal explorado e estar nas mãos de quem muitas vezes não merece. Os reais motivos, com certeza, cada um sabe os seus. Como diz a cantora mineira, Ana Carolina – ‘Cada um com seu cada qual’. Sergipe tinha e tem tudo para deslanchar enquanto história, cultura, enfim, infelizmente, somente quando todos quiserem em uma só voz a extraordinária guinada e mudança de página de fato.

Contudo. Viva a Sergipanidade! Viva Aracaju! Viva Sergipe! Viva o bravo guerreiro e nordestino brasileiro!

8 DE JULHO DIA DA SERGIPANIDADE
Sergipe comemorava duas vezes sua emancipação (dias 8 de julho e 24 de outubro). O 24 de outubro, Dia de Sergipe, caiu em desgraça. A desculpa seria o grande número de feriados durante o ano, mas o certo é que depois do decreto de 08 de julho de 1820, Sergipe passou a ser celebrado no referido dia. Data da Carta Régia que emancipou, politicamente, o território sergipano, desanexando-o da Bahia, do qual se manteve parte, desde a descoberta do rio São Francisco, em 4 de outubro de 1501, por Américo Vespúcio, criando condições da divisão do Brasil em Capitanias Hereditárias que consolidou o domínio.

Um dos projetos relacionados à temática é o da Fundação Aperipê que promove o Projeto Sergipanidade, desde 2009, visando ampliar a difusão da cultura sergipana com a intenção de fortalecer o espírito de pertencimento de nosso povo. Acesse: http://projetosergipanidade.blogspot.com – E-mail: sergipanidade@aperipe.se.gov.br

*C'est La Vie - expressão francesa indicando conformismo e na tradução quer dizer “É a vida!”

TEXTO: RENATA OURO

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